Investe-se, hoje em dia, mais na bolsa e nas ações de alto risco que em relacionamentos de médio e longo prazo, em entregas pessoal e ações apaixonadas. Temos medo de ser desprezados, de sofrer as dores e os reveses do amor e medo também de perdermos a nossa tão preciosa liberdade e nosso leque de escolhas e prazeres. Queremos e dizemos amar, mas essa verdade é nosso dom de iludir... (como diria Caetano). Há verdades que mentem. Ou há meias verdades que despencam depois de maduras ao solo. Queremos estar junto de alguém e amar como no enredo do filme, mas raramente nos entregamos ou sequer assumimos que o amor é um jogo, muitas vezes, de soma zero: um "give and take" que exige de nós despreendimento pessoal, responsabilidade, senso de confiança, lealdade e sinceridade, acima de tudo com nós mesmos...
Muitas vezes enganamos os outros porque enganamos e ocultamos coisas de nós mesmos ou porque achamos que queremos e não queremos mais... O que quero pra mim e espero do outro e posso oferecer para um relacionamento. Não vou me machucar, contudo, me vou divertindo com os errados enquanto não acho a pessoa certa. Vou ir conhecendo, sentindo e vendo se há afinidades e possibilidades reais. Não vou sair desesperada pois não valho tão pouco assim e nem quero investir em barco furado e fundos de alto risco! E você, ainda acredita ser possível amar e se entregar de verdade e viver um relacionamento duradouro e quem sabe, por quê não, um amor eterno?
(Autor Desconhecido)