domingo, 7 de novembro de 2010

Meu Momento...

Mais uma vez me vem a dúvida, é melhor estar só, poder curtir a liberdade e esperar que o vento me conduza, quem sabe, a um porto seguro no momento certo ou devo buscar agora, eu mesmo, satisfazer as vontades do coração e sair e tentar conhecer a "pessoa certa" e realizar o sonho do amor romântico? As vezes sonho acordada numa nova entrega amorosa e na construção de mais uma relação, mas ao mesmo tempo o medo e a desesperança parecem mais forte que a vontade de acreditar. Somos uma geração condenada a instabilidade amorosa, amamos em tempos dificeis e vivemos sob os escombros das desilusões e do auto-engano. Amar exige ENTREGA e DEVOÇÃO, maturidade e objetivos comuns e parece que pouca gente está determinada a abrir mão de seus interesses imediatos e pessoais pra viver uma entrega tão dramática quanto o romance amoroso exige...

Investe-se, hoje em dia, mais na bolsa e nas ações de alto risco que em relacionamentos de médio e longo prazo, em entregas pessoal e ações apaixonadas. Temos medo de ser desprezados, de sofrer as dores e os reveses do amor e medo também de perdermos a nossa tão preciosa liberdade e nosso leque de escolhas e prazeres. Queremos e dizemos amar, mas essa verdade é nosso dom de iludir... (como diria Caetano). Há verdades que mentem. Ou há meias verdades que despencam depois de maduras ao solo. Queremos estar junto de alguém e amar como no enredo do filme, mas raramente nos entregamos ou sequer assumimos que o amor é um jogo, muitas vezes, de soma zero: um "give and take" que exige de nós despreendimento pessoal, responsabilidade, senso de confiança, lealdade e sinceridade, acima de tudo com nós mesmos...

Muitas vezes enganamos os outros porque enganamos e ocultamos coisas de nós mesmos ou porque achamos que queremos e não queremos mais... O que quero pra mim e espero do outro e posso oferecer para um relacionamento. Não vou me machucar, contudo, me vou divertindo com os errados enquanto não acho a pessoa certa. Vou ir conhecendo, sentindo e vendo se há afinidades e possibilidades reais. Não vou sair desesperada pois não valho tão pouco assim e nem quero investir em barco furado e fundos de alto risco! E você, ainda acredita ser possível amar e se entregar de verdade e viver um relacionamento duradouro e quem sabe, por quê não, um amor eterno?

(Autor Desconhecido)

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